"Se o assunto é relacionamento, o tipo de garota de Colin Singleton tem nome- Katherine. E, em se tratando de Colin e Katherines, o desfecho é sempre o mesmo- ele leva o fora. Já aconteceu muito. Dezenove vezes, para ser exato. Após o mais recente e traumático pé na bunda, o Colin que só namora Katherines resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-garoto prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão- elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera."
O que despertou meu interesse por esse livro foi justamente o fato de Colin ter tido dezenove namoradas, todas elas com o mesmo nome. Também me chamou a atenção o fato de todas elas terem terminado o relacionamento. Fiquei me perguntando se tinha um motivo específico para isso, ou se era apenas falta de sorte do pobre Colin. Daí resolvi ler para poder saber!
Colin está deprimido em seu quarto após levar um fora de sua última namorada, a Katherine XIX. Então Hassan, seu melhor (e único) amigo, aparece e convence-o a fazer uma viagem sem destino certo, para ver se assim ele consegue superar seu último fora. Os dois saem no carro de Colin, apelidado como Rabecão de Satã. Nessa viagem eles conhecem uma garota chamada Lindsey Lee Weels, cuja mãe é dona de uma fábrica na cidade, e que contrata os dois para lhe fazer um determinado serviço.
Mesmo com esse tal serviço Colin não perde seu foco, que é criar o Teorema da Previsibilidade. Lindsey acaba juntando-se a ele nessa criação, algo que aproxima os dois. O problema é que em um determinado momento o Teorema "empaca", e Colin precisa relembrar de seus 19 relacionamentos para entender o que está dando errado. Ok, ele consegue achar o erro, e segue com sua criação. A questão é que durante o desenvolvimento do Teorema Colin tenta lembrar o motivo de sua obsessão em se tornar um gênio, e ele começa a se perguntar se fazer algo importante é fazer algo grandioso ou algo simples, mas que seja significativo para uma única pessoa.
No início do livro o Colin acaba sendo um pouco chato, pois fica se lamentando que nunca será um gênio e blábláblá. Conforme a história avança essa chatice diminui, e ele começa a entrar em conflito com algumas de suas crenças. Ele também começa a perceber que o fato de ser ou não um gênio não é o que vai determinar seu futuro. A história sofre uma boa reviravolta no final (que eu não posso contar por que é muito spoiler), e Colin finalmente percebe algo muito significativo: que não é possível prever o futuro.
Eu simplesmente amei essa história! É uma leitura leve, divertida, daquelas que você não quer parar. Super recomendado.
"É possível amar muito alguém. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela."
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