25 de maio de 2017

[Resenha] Mentirosos - E. Lockhart

"Os Sinclair são uma família rica e renomada, que se recusa a admitir que está em decadência e se agarra a todo custo às tradições. Assim, todo ano eles passam as férias de verão numa ilha particular. Cadence — neta primogênita e principal herdeira —, seus primos Johnny e Mirren e o amigo Gat são inseparáveis desde pequenos, e juntos formam um grupo chamado Mentirosos. Cadence admira Gat por suas convicções políticas e, conforme os anos passam, a amizade com aquele garoto intenso evolui para algo mais.
Mas tudo desmorona durante o verão de seus quinze anos, quando Cadence sofre um estranho acidente. Ela passa os próximos dois anos em um período conturbado, com amnésia, depressão, fortes dores de cabeça e muitos analgésicos. Toda a família a trata com extremo cuidado e se recusa a dar mais detalhes sobre o ocorrido… até que Cadence finalmente volta à ilha para juntar as lembranças do que realmente aconteceu.
'Mentirosos' é um suspense moderno e sofisticado, impossível de largar até que todos seus mistérios sejam desvendados. Ao mesmo tempo, a prosa lírica e o estilo seco e denso o fará mergulhar de cabeça no mundo dos Sinclair e nas crescentes angústias de Cadence — para então vir à tona completamente impactado."


Os Siclair são uma família rica, tradicional e e tem um padrão físico: todos são brancos, altos e loiros. Logo se importam muito com a imaculada imagem da família. Eles possuem uma ilha particular onde passam todos os verões. No verão dos quinze anos de Cadence, a neta mais velha e futura herdeira, ela sofre um acidente e passa a ter amnésia seletiva e fortes dores de cabeça. Assim, nossa protagonista não se lembra de nada que aconteceu naquelas férias.


Dois anos depois ela volta à ilha na tentativa de descobrir o que aconteceu. Dessa vez ela não passará todo o verão com os primos como de costume, pois terá que passar uma parte das férias com seu pai. Então Cadence tem pouco tempo para preencher as lacunas que ficaram em sua memória. E não adianta perguntar para família por que ninguém quer falar sobre isso.
Depois do acidente, mesmo sem saber o que aconteceu, Cadence começa a mudar. Ela pinta o cabelo de cor escura para se descaracterizar dos padrões da família. Outro sinal de sua mudança é quando ela começa a doar algumas de suas coisas, mostrando o desapego material. A garota também começa a questionar a necessidade da mãe de adquirir tantos bens. 


"- Não, obrigada. - Não quero nada de que não precise."

As irmãs Sinclair brigam muito e na maioria das vezes o motivo da discórdia é a futura herança. Elas fazem de tudo para agradar ao pai (inclusive usando os filhos) e assim tentar garantir uma parte maior do montante de dinheiro que receberão futuramente. A questão é que vovô Sinclair não é bobo. Ele é cruel e manipula a família inteira. As filhas dependem dele financeiramente e por isso ele consegue manipulá-las para que façam o que ele quer e como quer. A única que consegue escapar disso de vez em quando é Cadence, mas se ela o questiona ou o contraria ele logo muda seu comportamento, tratando a neta de maneira grosseira. Já os primos pensam diferente do restante da família e Gat é o mais crítico e questionador de todos. Ele não é um Sinclair; na verdade é amigo de Jhonny, mas mesmo não sendo da família passa os verões com eles. O garoto tem descendência indiana e por isso seus traços físicos são diferentes. Cadence nutre uma paixão platônica por ele, que é notada por seus familiares e vovô Sinclair faz questão de deixar claro seu descontentamento com isso. 

Um ponto negativo é que até certa parte a narrativa é arrastada, mas conforme Cadence se recorda do que aconteceu antes do acidente a história fica surpreendente e incrível. Quando terminei o livro me perguntei como não percebi as dicas que a autora dá ao longo do livro.

                                    "A tragédia é feia e complicada, idiota e confusa."

Uma coisa bacana no livro é que logo no início tem um mapa da ilha com a identificação das casas (sim, cada uma das Sinclair tem sua própria casa!) e a árvore genealógica da família. Confesso que tive que recorrer a ela várias vezes durante a leitura por que me perdia em meio a tantos personagens.   
 O livro não é longo, então se você dispõe de tempo dá para ler rapidinho. É mais do que indicado para quem procura leitura rápida e com final de tirar o fôlego.



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