Oi, galera. Tudo bem? Hoje nós vamos falar sobre um livro que tornou-se uma das adaptações mais aguardadas de 2017. Para hoje temos "Extraordinário".
August Pullman é um garoto de dez anos que nasceu com uma síndrome genética, e por conta disso tem deformação facial. Tal deformação faz com que as pessoas olhem para ele com estranheza e em certos casos até repúdio. Ele e sua família tentam ignorar esses olhares, pois sabem que não é a aparência que define o garoto.
Auggie, como é conhecido, nunca foi a escola. Apesar da pouca idade ele já passou por vinte e sete cirurgias, e como alternava sua “estadia” entre a própria casa e o hospital, sua mãe sempre lhe deu aulas em casa mesmo. Até que ela percebe que o filho necessita de certos conhecimentos que ela não pode passar e então decide matriculá-lo numa escola particular. Agora ele tem o desafio de mostrar às pessoas que é um garoto comum, mesmo com sua aparência incomum.
A história é narrada em primeira pessoa e os capítulos são intercalados entre a narrativa de Auggie, sua família e amigos. Isso é bom por que nos mostra como cada um enxerga o personagem principal (inclusive a visão que ele tem de si mesmo) e como lidam com o preconceito existente em torno do garoto. August é um garoto inteligente e divertido, fã de Star Wars, e que fica apavorado quando os pais lhe dão a notícia de que ele vai começar a estudar numa escola.
Agora, falando um pouco do filme, a adaptação para as telonas é fiel a história, algo que me deixou bem satisfeita. Já começo esse parágrafo sugerindo que você esteja munido de lenços de papel ao assistir ao filme, pois o risco de choro é grande. Em diversas partes, tanto no livro quanto no filme, meu coração ficou em pedacinhos. É triste ver como uma criança tão incrível sofre desprezo de outras pessoas.
Tenho apenas uma crítica a fazer sobre o filme e trata-se da caracterização da Julia Roberts, que interpreta a mãe do August. Ao ler o livro tinha em mente uma mulher alegre e bem vestida, que mesmo enfrentando diversos preconceitos por conta da deformação facial do filho conseguia transparecer alegria e serenidade. Já a personagem do filme me deu uma impressão diferente, pois tinha a aparência de triste e cansada.
Além do Auggie, a outra personagem que mais gostei foi a Via, irmã dele. Me sensibilizei com ela. A garota defende o irmão com unhas e dentes, e a família dela é super unida, mas mesmo assim às vezes acaba se sentindo deixada de lado pelos pais por conta do August. Ainda assim não é o tipo de garota que faz cena ou dá chilique. Ao contrário, é uma garota compreensiva e amorosa.
“Extraordinário” me mostrou que até mesmo crianças podem ser cruéis quando se trata de aparência, e também me fez pensar quantas vezes deixamos de conhecer pessoas extraordinárias por conta de nossos prévios julgamentos.
Essa é uma história que fala sobre amizades verdadeiras, amor e preconceito. Tem trechos bem humorados e sensíveis, que vão te fazer refletir sobre o que realmente é importante. É uma história emocionante e que vale a pena ser apreciada.
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