25 de setembro de 2016

[Resenha] Doce perdão - Lori Nelson Spielman

"Hannah Farr é uma personalidade de New Orleans. Apresentadora de TV, seu programa diário é adorado por milhares de fãs, e há dois anos ela namora o prefeito da cidade , Michael Payne. Mas sua vida, que parece tão certa, está prestes a ser abalada por duas pequenas pedras... As Pedras do Perdão viraram mania no país inteiros. O conceito é simples: envie duas pedras para alguém que você ofendeu ou maltratou. Se a pessoa lhe devolver uma delas, significa que você foi perdoado. Inofensivas no início, as Pedras do Perdão vão forçar Hannah a mrgulhar de volta ao passado – o mesmo que ela cuidadosamente enterrou -, e todas as certezas de sua vida virão abaixo. Agora ela vai precisar ser forte para consertar os erros que cometeu, oou arriscar perder qualquer vislumbre de uma vida autêntica para sempre."

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Hannah Farr é uma mulher de 34 anos, jornalista famosa por seu programa de TV. Ela namora o prefeito da cidade, Michael, e juntos apoiam algumas ações de caridade. São pessoas conhecidas e admiradas na cidade. O cara parece ser boa pessoa, mas no fundo é um homem egoísta e excessivamente preocupado com a própria imagem, algo que Hannah não consegue enxergar. Além disso, ele tem uma filha que detesta a namorada do pai e faz o possível para dificultar o relacionamento dos dois.
Um dia Hannah está lendo uma matéria sobre as famosas Pedras do Perdão, criadas por Fiona Knowles, que também é uma famosa apresentadora de tv. As Pedras viraram febre desde que Fiona lançou seu livro. Elas funcionam da seguinte forma: a pessoa encaminha duas pedras para alguém que magoou. Uma simboliza a raiva e a outra, a culpa. As pedras vão acompanhadas de uma carta explicando o motivo do envio. Se o destinatário aceitar o pedido de desculpas deve devolver a pedra que simboliza a raiva.

O que os fãs dessas duas figuras públicas não sabem é que elas se conhecem há muitos anos. Isso aconteceu na época da escola, mas é um fato que Hannah Farr fez questão de esquecer. Ela não tem boas lembranças de Fiona.

“- Sabe, Hannah, é muito difícil pedir desculpas. Até a hora em que você fala. E então vira a coisa mais fácil que você disse na vida.”

Hannah foi abandonada pela mãe quando tinha 13 anos. O pai a criou sozinho e ela o venera totalmente por isso. Um dia, conversando com sua amiga Dorothy, ela se vê confrontada por um grande acontecimento de seu passado. Hannah está segura na verdade que criou para si mesma e se apega a ela com unhas e dentes. O problema é que os questionamentos de Dorothy não saem de sua cabeça. Será que as coisas aconteceram como ela realmente lembra?

Sim, o título do livro já deixa claro qual é o tema principal da história: perdão. É retratado de forma real, mostrando que em alguns casos somente pedir desculpas não é o suficiente. Existem mágoas que são muito profundas e o livro traz esse ponto. Mas ele também nos ensina que toda história tem dois lados. Hannah cresceu acreditando que a mãe a havia abandonado. Seu pai alimentou essa verdade durante 20 anos. Muito tempo depois do ocorrido ela tem a oportunidade de descobrir o que de fato aconteceu e percebe o impacto que algumas de suas decisões – e de seu pai- causaram na vida de pessoas que fazem parte de seu passado. 

Hannah é uma moça muito ingênua para algumas coisas. Não consegue detectar a maldade nas pessoas e isso pode irritar um pouco o leitor. É o tipo de personagem que nos faz ter vontade de gritar com ela e dizer, “criatura, acorda para a vida e vê o que esse ser está fazendo contigo!”. Mas no fim das contas não deixa de ser uma personagem adorável, fragilizada e que decidiu criar uma muralha em torno de si por puro medo de ser abandonada novamente. Ela não consegue se abrir totalmente para as pessoas que a amam. 

Lori Nelson Spielman nos mostra que o perdão é revigorante e libertador tanto para quem concede, como para quem o recebe. Também nos mostra que todos nós temos um lado feio, mas que precisamos aceita-lo e quem nos ama verdadeiramente também. Viver de aparências pode ser destruidor e cansativo.

Mesmo com forte carga emocional essa não é uma história cheia de sentimentalismos. Ela incomoda, sim, mas isso se dá pelo fato de que conforme lemos nos recordamos dos erros cometidos ao longo da vida. Faz-nos deparar com as nossas próprias fragilidades e inseguranças. E, claro, resgata tudo aquilo que não perdoamos ao longo de nossa vida. 

 “Quando a gente não consegue perdoar a si mesmo, é difícil perdoar outra pessoa.”

5 comentários:

  1. Achei bem interessante e daria uma chance ao título, não faz meu gênero favorito, mas gostei muito da premissa.
    Art of life and books.

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    1. Dê uma chance a ele, acredito que não vai se arrepender ;)

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  2. Oie Erica! Parece ser muito legal! E a capa é muito lindaaa!!!

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  3. Oiii Erica! Amei a sua resenha, o enredo me pareceu super interessante, bem aqueles livros que te fazem olhar para o seu interior, né!? E essa capa linda!? *--* Adorei o seu blog e já estou seguindo para não perder mais nada <3

    *Beijokas -Hellen Barros.

    www.apenasgiz.com.br

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    1. É desse tipo mesmo, Hellen.
      Obrigada por seguir o blog.
      Beijos

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