[Resenha] A menina que não sabia ler - John Harding

"Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da mansão. E passa a devorar os livros em segredo.Mas existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Quem eram seus pais? Por que Florence sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que esconde a srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler? Florence precisa reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender o irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros – únicos companheiros e confidentes – antes

que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de

uma jovem com muita imaginação?"

Florence é uma garota de 12 anos, órfã, que vive com o irmão mais novo, Giles, em uma mansão velha. O tutor dos dois é um tio que não conhecem e eles são criados pelos empregados da casa. O tio proíbe a menina de ser alfabetizada, mas ninguém sabe o motivo dessa proibição. Na mansão, que é chamada de Blithe House, existe uma biblioteca e Florence insiste em visita-la, mas faz isso as escondidas, pois é proibida de entrar no local.

Quando Giles completa 8 anos é enviado ao internato, para que possa ser alfabetizado. Os irmãos passam a se corresponder apenas por carta e Florence sofre cada dia mais com a ausência de Giles. Após alguns meses ele retorna por conta das férias, mas avisa que não voltará mais para a escola. Então a governanta encontra uma carta em meio aos pertences do garoto, emitida pela escola, confirmando a informação e dizendo o motivo pelo qual ele não poderá retornar. Dessa forma ela é obrigada a escrever para o tio das crianças comunicando a situação, e ele decide contratar uma preceptora para dar continuidade a alfabetização de Giles. 

Ela permanece com eles por pouco tempo, pois sofre uma espécie de acidente. Com isso chega sua substituta, a Srta. Taylor, e estranhos acontecimentos surgem em Blithe House. Eles despertam em Florence um medo sobrenatural e ela passa a se questionar quem é de fato a nova preceptora.

Havia ouvido falar sobre esse livro há um bom tempo, mas só agora tive a oportunidade de lê-lo. Pela sinopse me parecia ser uma ótima história, cheia de suspense. Infelizmente eu estava enganada.

A história se passa no ano de 1891, na Nova Inglaterra. É narrada em primeira pessoa pela própria Florence. Ela é uma garota esperta e muito inteligente, e com um vocabulário bem amplo para uma menina que nunca foi alfabetizada. O problema é que sua imaginação é muito fértil e em algumas partes da história tive a impressão que ela tinha 8 anos ao invés de 12. Por conta disso ela faz suposições absurdas e não é possível saber o que é real e o que é imaginário.  

Outro ponto negativo é que durante a história são levantados vários questionamentos, principalmente sobre a Srta. Taylor, mas eles não são esclarecidos no final. Ficou muito confuso.

Esse é o primeiro livro que não gosto e consigo ler até o fim. Fiz isso por ter a esperança que o final salvaria a história, mas não aconteceu. Foi tão decepcionante quanto o restante do livro. Caso você decida lê-lo sugiro que não o faça com grandes expectativas.